Me recordava, vagamente, de momentos de minha infância. Tenho poucas recordações de quando era mais novo.

Se transpor para momentos passados, parecia cada vez mais intangível, conforme a idade degradava meu corpo. Mas o mais difícil mesmo, era continuar guardando novas memórias.

Me parecia mais fácil viver e deixar acontecer o agora. Sinto falta de minha mãe, que já nos deixou. Da Inocência, que eu perdi. Da paz, que eu vivi. E ao continuar vivendo, outros inúmeros funerais.

Nada está certo, ou cravado. Tudo é mutável, e orgânico. Sonhos de uma vida passada, se foram todos, e embora a vida seja como um grão de areia, ela ainda dança graciosamente.

Que minhas lembranças possam se misturar com meus sonhos de um futuro melhor, e eu consiga novamente encontrar minha paz nesse novo momento de minha vida.