Começar

Me toma e me leva, impulsos magnéticos que me atraem sem que eu possa impedir, tantas emoções e sentimentos dentro de um ser tão pequeno, comparado ao universo. E em meu universo interior pareço infinito, sem respostas e sem rumo.

Na loucura de meus olhos, o espelho de uma alma exausta pelo trilhar de uma vida gloriosa. Aqui jaz tudo que já foi e a imensidão do que não pode mais ser. Perdeu-se o controle, a vontade se esvaiu e o desejo de não mais desejar se fez presente.

Em busca de pequenos prazeres que pudessem preencher um propósito inexistente, se via se distanciando de tudo que um dia existiu. O que foi, não contempla mais o agora, é e será somente poeira ao vento, se incorporando nas demais partículas do universo.

Seria o cosmo o motivo de sua loucura? Seriam seus pensamentos o magnetismo que o puxava? Ou a emoção iminente, que não ia embora? Transbordava, sentia-se tão cheio de sentir que o excesso de emoções pareciam demais, insuportável, não podia mais caber dentro dele.

Oh, você é maravilhoso. E em minha grandiosidade, me sinto incapaz de transcender tamanha perfeição. O dia estava incompleto, sem ninguém aqui. Eu não sei o que acontecerá comigo junto desses pensamentos de uma derrota irrefreável. Minha consciência pede por tempo enquanto eu novamente perco o controle e não consigo adormecer.

O tempo não para, a mente não descansa e a emoção não cessa. Por favor, me salve de mim mesmo. Um precioso, transiente e esquizofrênico êxtase. Eu preciso que isso acabe e o eterno vácuo me receba de braços abertos, para que assim eu possa descansar.