"E então eu matei o Amor, para que ele nunca mais possa me ferir."

Houve um momento onde a dor emocional era tão grande que se tornou física, ele não conseguia mais suportar.

Ele não queria morrer, mas precisava que isso acabasse, estava consumindo ele por dentro, em um momento de desespero se desbravou em encontrar o Amor, indignado por ter te machucado.

Ao encontrá-lo, o Amor disse que nada poderia fazer, não poderia tirar essa dor dele, que um dia ele amaria novamente e veria a vida de uma forma diferente.

No mesmo instante ele começou a tremer, era desesperador pensar que ele poderia ser machucado novamente pelo Amor, depois que isso tivesse acabado ele nunca mais sofreria assim, ele não passaria por isso de novo.

Em um momento de fúria e selvageria, ele pegou sua espada que carregava e se atirou contra o Amor, desferiu golpes com sua espada até que não restasse nada, agora só restavam as marcas do que tinha feito naquele lugar.

Por um breve instante houve um clarão enorme e o Amor se desintegrou, virando pequenos pontos de luz em frente à sua árvore, como uma lembrança, ao mesmo tempo ele sentiu algo esvair de seu ser, como se uma parte de seu ser tivesse sido arrancada abruptamente de sua alma.

Suas pernas tremiam em terror a tudo aquilo, ele se sentou em uma pedra e fixou seus olhos na espada cheia de sangue, perplexo e imóvel, ele ainda sofria, não entendia o motivo, mas a dor não passou, nada foi apagado.

Não demorou muito para ele entender que não era o Amor que o fazia sofrer, mas agora ele viveria o resto de seus dias sabendo que extinguiu a única emoção que o faria ser feliz novamente.

Ele nunca mais poderia se amar.